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Mês da Reforma: { Sola Fide }

Sola Fide - Somente a Fé

Ah, a fé, esse sublime voo da alma rumo ao divino, esse elo etéreo que nos liga ao coração do Eterno. “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos, a prova das coisas que não vemos.” (Hebreus 11:1). Sola Fide, Somente a Fé, ressoa pelos corredores da história, como o brado da Reforma que lança-nos nos braços do Redentor. É pela fé que somos justificados, diz Paulo em Romanos 5:1, é pela fé que caminhamos não mais sob condenação, mas na liberdade gloriosa dos filhos de Deus.

A fé, essa preciosa dádiva divina, não é uma criação humana, mas um presente do céu, plantado em nossos corações pelo Espírito de Deus. Como bem articulou Martinho Lutero, a fé é o meio pelo qual agarramos Cristo, e sendo assim justificados, somos revestidos com a justiça do Salvador. É a fé que nos permite olhar além do véu do temporal, para vislumbrar a eternidade que nos aguarda.

Os heróis da fé, delineados na galeria de Hebreus 11, testemunham com suas vidas a substância da fé. Abraão, o pai da fé, que contra toda esperança, creu na esperança, sendo-lhe isso creditado como justiça. Moisés, que pela fé, abandonou os tesouros do Egito, vislumbrando o galardão eterno. Esses homens e mulheres, impulsionados pela fé, traçaram um caminho de confiança inabalável no Deus que é fiel para cumprir todas as Suas promessas.

A fé é nossa resposta ao chamado divino, uma submissão humilde ao senhorio de Cristo, um repousar seguro nas promessas inabaláveis de Deus. Como uma âncora para a alma, a fé nos segura firmes, mesmo quando as tempestades da vida ameaçam nos afogar em mares de desespero. E como João Calvino nos lembra, a fé é o firme fundamento, o conhecimento seguro de Deus como nosso benevolente Pai, o reconhecimento de Cristo como nosso suficiente Salvador.

Nas palavras de Paulo, somos salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus (Efésios 2:8). Assim, a fé não é um mérito humano, mas uma manifestação da graça divina. Nos deparamos, então, com a beleza deslumbrante da Sola Fide, que nos chama a uma dependência total do Autor e Consumador da fé, Jesus Cristo.

Celebremos, pois, a Sola Fide, que nos guia através das névoas da dúvida e do medo, sempre em direção ao coração amoroso do Pai. Somente a Fé, um eco celestial que ressoa através da eternidade, chamando-nos para mais perto do coração de Deus, instigando-nos a confiar mais, a descansar mais, a se deleitar mais na suficiência de Cristo. Sola Fide, uma trilha luminosa que nos leva para casa, para o abraço eterno do Pai.